sábado, fevereiro 17, 2007

Como abrir 1 buraco do tamanho de 1 melão na cabeça de alguém...

"You could ask yourself a question: do I feel lucky?"

Corria o ano de 1971 quando o mundo viu pela primeira vez Clint Eastwood encarnar o papel do detective Harry Callahan [eu tive que esperar mais "alguns anitos":) ], um polícia de San Francisco, duro de roer e capaz de passar por cima de tudo e de todos para fazer cumprir a lei.

Dirty Harry não é um grande filme e julgo que também nunca o pretendeu ser. Surge na sequência do crescente aumento da violência urbana que começava a verificar-se e a mensagem que transposta é simples e eficaz: a justiça será feita e será dura. Talvez seja essa a grande razão do sucesso de Harry Callahan e que acabou por levar a uma saga de 5 filmes: Dirty Harry, Magnum Force, The Enforcer, Sudden Impact, The Dead Pool.

Mas o que faz de Dirty Harry (e subsequentes filmes da saga) um clássico policial é sem qualquer dúvida o talento e versatilidade de Clint. O cinismo e o ar "durão" que Clint Eastwood confere à personagem e os métodos policiais pouco ortodoxos aliados a um novo tipo de filmagem e um argumento directo e simples mas bem elaborado, fizeram de Dirty Harry um pioneiro do género e fonte de inspiração para muitos filmes posteriores.

Dirty Harry ajudou também a popularizar o revólver Smith & Wesson de calibre 44 Magnum ("the most powerful hand gun in the world"), o que acabou por se traduzir num aumento de vendas da mesma. Isto apesar de os seus efeitos reais não serem tão portentosos como se apresentam no filme, nomeadamente os criminosos a serem projectados no ar ao serem baleados.

E pensar que antes de contratarem Clint Eastwood, o papel do detective Callahan estava previsto para Frank Sinatra... é que o homem pode saber cantar, mas como actor é uma nódoa (pelo menos para mim!).

"Well, do you Punk?!"

4 comentários:

Graza disse...

Olha Egas, é um gosto muito grande ver no meu país jovens como vocês. Descobri-te, não por acaso, mas porque estás no blog do MIC. E isso, não é por acaso. Parabéns por teres tido a transparência de disponibilizar os teus interesses no perfil do blog e teres ali uma belíssima e invejável relação de bons gostos, valorizada ainda pela mistura e uma boa tónica de interesses na cultutura portuguesa. Retive aquela de “tudo de Pessoa” e não pude deixar de me lembrar do Vitor Sousa, que é uma referência aqui nas minhas leituras e também ele um extraordinário jovem, madeirense, que não me arrisco se o classificar de “pessoano”. Parabéns também pela forma esclarecida como escreves e seleccionas.Eu, que tenho filhos da vossa idade, refiro sempre o gosto que é aprender com gente como vocês.

Obrigado pela teu registo e adicionei-te também nos meus links permanentes.

Unknown disse...

Bem acho que a única resposta possível é obrigado.

Não conheço Vitor de Sousa mas lembro-me de ler uma referência ao mesmo no teu Blog. Contudo, na próxima visita a uma livraria não deixarei de o procurar e de o colocar no carrinho de compras :))

Rapaziada visitem o referido post em:
http://rendarroios.blogspot.com/2007/01/o-tricot-do-tempo.html

Graza disse...

É mais fácil em: http://estrangeiros.blogspot.com
apesar de vocês merecerem ler o livro do Vitor.

Festivaleiro disse...

Eu também queria ter uma pistola dessas mas aqui em Portugal nem um daqueles sprayzitos de gás mostarda deixam ter :(

Ó Sr. Graza, pareceu-me bem esse tal de Vítor. Fiz uma visita a esse site e gostei do que li.

Também achei o seu interessante, mas como o Egas lhe poderá confirmar eu sou assim mais dado para a paródia, pelo que gosto de umas leitoras mais light :)