sexta-feira, fevereiro 16, 2007

A curta mas extraordinária vida de Andy Kaufman

Poder-se-ia considerar que o mais óbvio seria começar este post com uma piada. Mas este post não pretende ser o óbvio. Pelo contrário, pretende ser uma espécie de tributo a Andy Kaufman, na minha tentativa de dar a conhecer este artista genial aos meus leitores.

Ora, quem é Andy Kaufman?!

Embora rotulado de comediante, Andy Kaufman nunca se considerou como tal. Na verdade, se lhe concedessem a escolha, ele preferia ser apresentado como um "homem da canção e dança", já que ao ser rotulado como comediante Andy sentia que isso colocava uma pressão sobre a audiência que se via compelida a rir. Pelo contrário, ele pretendia que as pessoas rissem quando fosse para rir, ficassem tristes quando fosse para ficar triste e que se zangassem quando a isso apelasse. Para Andy o sentimento era tudo e devia ser desprovido de qualquer fingimento e obrigação.

Andy nasceu a 7 de Janeiro de 1949 em Nova Iorque e quando criança, enquanto os outros miúdos se divertiam a brincar e jogar à bola, Andy costumava trancar-se no quarto e imaginava que na parede estava uma câmara e actuava para um público imaginário.

Andy não contava piadas, explorava ideias. Talvez por isso seja impossível, ainda hoje, classificá-lo. Ele era muito mais que um comediante ou até mesmo um “song-and-dance-man”. Num dado momento ele podia ser Dhrupick – o seu irmão invisível, um lutador de Wrestling, um comediante, Elvis Presley, um imigrante, Tony Clifton, Nathan Richards, Tony Piccinnini, um mágico, Nathan Mackoy ou um simples provocador.

Tido como excêntrico, Andy levou a sua arte até ao limite, ultrapassando-o. As suas performances eram verdadeiros esboços de teatro avant-garde. Andy era a sua arte: as suas personagens e ele eram um só, uno e indissociável.

Faleceu a 16 de Maio de 1984 em Los Angeles, de colapso renal provocado por um tipo raro de cancro pulmonar. Contudo muitos são os que ainda hoje duvidam da sua morte, não só pelo secretismo em torno da sua doença que manteve até ao fim, mas também por alegadamente ter manifestado a alguns amigos o desejo de fingir a sua morte. Infelizmente não voltou 20 anos depois, como tinha afirmado que faria caso fingisse a sua morte.

Uma coisa eu sei, se há pessoa a quem se pode aplicar a expressão "à frente no seu tempo", Andy Kaufman é sem dúvida nenhuma o candidato ideal.

Para os mais incautos relembro que o espectacular filme "Man on The Moon" que conta com um desempenho brilhante de Jim Carrey se baseia na vida e obra de Andy Kaufman.





1 comentários:

Graza disse...

Desconhecia este Kaufman. Mais uma boa escolha.