sexta-feira, fevereiro 23, 2007

O Grande Ditador

O que é um Ditador? de que massa um Ditador é feito? o que faz de um Ditador ditador? Todas estas perguntas sugiram em mim após uma referência do Graza aos tiques ditatoriais de Alberto João Jardim e que a priori parecem de resposta fácil mas que após breve ponderação conclui não ser assim tão linear...
Isto porque a história provou existirem várias formas de ditadura com especificidades muito próprias, não obstante certas linhas condutoras em comum. E nisto estando, ponderei se seria o Ditador a promover as especificidades ou seria a atmosfera política e social que condicionava o tipo de ditador. A conclusão a que cheguei foi que a resposta reside nas duas opções: a circunstância abre espaço para um ditador com determinado perfil, porém, após implantado, o Ditador assume o leme do regime e traça um rumo como lhe aprouver.
Definir um Ditador é também difícil porque a fronteira entre ditador e o totalitário é demasiado ténue. Julgo não existir um único regime ditatorial moderno que não tenha acabado por derivar para o totalitarismo. O Totalitário, menos humano e mais sanguinário, não olha a quaisquer meios para atingir os seus fins.

E foi precisamente enquanto debatia comigo mesmo este imbróglio que me lembrei de uma das melhores sátiras ao sistema ditatorial/totalitarista de sempre. E na esperança de encontrar uma resposta procurei essa sátira. Porém, em vez da resposta encontrei um grito de esperança e humanismo sem paralelos e conclui que de nada vale tentar classificar ditaduras e ditadores. O que importa é combatê-los.

Essa sátira, datada de 1940, é um filme conhecido como O Grande Ditador. Nascido nos anos quentes da Segunda Guerra Mundial, O Grande Ditador é um para mim a obra-prima de Charlie Chaplin, não só pelo seu brilhante desempenho e por conseguir conciliar na perfeição as qualidades do cinema mudo com a chegada do som, mas também devido à precisão da sua crítica mordaz contra a sociedade moderna de então. Em particular, gostaria de destacar duas cenas do filme: aquela em que Hynkel meditativo brinca com o globo terrestre ao oferecerem-lhe um império que ele não deseja e o discurso final, um verdadeiro panegírico à liberdade e igualdade. Aqui ficam:

4 comentários:

Unknown disse...

Como o meu comentário foi "censurado" por um erro informático (lol) cá estou eu para repor.

Como eu tinha dito, o assunto não é muito do meu gosto, mas como é em português, sempre é mais interessante.

O comentário não é grande coisa...é só para teres a prova de que o leio!!!!!!!!!!!!
beIjinho BOOOOOM

Graza disse...

Arrebatador...
Ainda hoje nos deixa assim: parados, a olhar para o ecran negro com o share - watch again, do You Tube, sem poder desligá-lo.

Unknown disse...

Nem mais Graza :))

Unknown disse...

Como é que eu vou saber agora das ultimas, se vou estar 2 dias sem nenhum post novo?!?!? VOLTA!!!