Não querendo começar a ser irritante com isto dos melhores de 2006 (certamente também haverá piores, mas de momento não estou muito virado para aí!!), eis o meu top10 dos filmes que vi durante 2006.Nota: Esta lista é feita a partir de filmes que vi pela primeira vez em 2006 e não necessariamente os que saíram nesse período.
Ai Zé B. que saudades das nossas sessões de cinema!
- V for Vendetta (2005) - Fascinante, perturbante, arrebatador. V for Vendetta é para mim uma obra-prima. Não só faz jus ao original (Banda Desenhada), como o ultrapassa graças a um brilhante Hugo Weaving com uma performance teatral de fazer lembrar a velha "Ultra-Violence" kubric-burgessiana. Já para não falar em Natalie Portman cujo talento e beleza são um bálsamo para os meus ricos olhinhos.
- Layer Cake (2004) - Sem dúvida nenhuma a maior surpresa que eu tive este ano. Com um enredo meticuloso, pensado ao segundo, Layer Cake consegue ser um daqueles filmaços que nos deixa com água na boca. E sem dúvida nenhuma, prova porque merece Daniel Craig ser um Bond.
- Broken Flowers (2005) - Para ser sincero, esperava um pouquinho mais de Broken Flowers, dado ser um filme de Jim Jarmusch. Contudo, este não deixa de ser um filme merecedor de estar no top, não só pela perfeição minimalista (quase surreal!), mas também porque mais uma vez Bill Murray chega e sobra para encher o olho. Para quando um Óscar para este senhor?!
- Match Point (2005) - Apesar do começo um pouco perro, Woody Allen consegue durante o desenrolar da história ir construindo um thriller sombrio que nos surpreende a cada minuto e que nos deixa intrigados até ao fim. Adoro isso num filme! Não querendo repetir as críticas, Match Point é mesmo um dos melhores trabalhos de Allen em anos.
- Syriana (2005) - Syriana é daqueles filmes que nos fazem sair do cinema verdadeiramente revoltados e preocupados, como quando nos contam algo que nos deixa petrificados. Syriana é um filme fascinante sobre petróleo, dinheiro, EUA, China, Texas, suborno, terrorismo. Assim, ainda que Syriana não seja um crítica directa à política externa norte-americana, não deixa de ser um dedo na ferida, um filme que pretende alertar para forma corrupta e predadora como os EUA se posicionam no mundo. Mas o que faz deste um filme de Top é forma como consegue incluir toda esta informação num filme dinâmico e capaz de fazer duvidar as próprias personagens. Além disso, sabe sempre bem ver o George Clooney fazer qualquer coisa de jeito.
- Capote (2005) - Embora a história roce, por vezes, o previsível, Capote não deixa de ser um grande filme. Isto porque em Capote, Hoffman supera o próprio Capote. A perfeição da dicção, dos maneirismos e a maneira como Hoffman trabalha minuciosamente cada pormenor valem cada cêntimo que paguei pelo bilhete.
- An Inconvenient Truth (2006) - Sobre este filme gostaria de vos reencaminhar para a crítica que já aqui fiz em meados de Outubro no post "an inconvenient truth".
- The Prestige (2006) - Um grande acto de magia. The Prestige é simplesmente um daqueles blockbusters que é muito mais que isso. Não só The Prestige enche o olho, como o duelo que se trava entre Hugh Jackman e Christian Bale prende-nos numa trama que nos leva mesmo a sentir a magia da coisa. Tudo por uns magníficos minutos finais aos quais se segue a maravilhosa canção de Thom Yorke, Analyse. Mas quando vis os trailers, aquele que me seduziu mesmo foi o Ilusionista. Espero ter oportunidade de o ver em breve.
- Lies & Alibis (2006) - Este é um filme na onda de Layer Cake. Uma daquelas histórias rocambolescas, vibrantes e persuasivas que nos fazem desejar que o filme dure mais umas horitas. The Alibi conta a história de Ray Elliot, um homem com uma empresa de sucesso no mundo do "arranjar alibis para maridos que traem mulheres e mulheres que traem maridos" e que acaba por se ver envolvido numa situação extremamente delicada, onde todos o querem incriminar, roubar e matar. Quanto ao final.... vejam o filme!
- Trilogia SAW (2004, 2005, 2006) - Há já algum tempo que precisava de um verdadeiro filme de terror: duro, sangrento, capaz de nos fazer revirar os olhos e o estômago. Mas o melhor é que além disso tudo, a trilogia SAW (pelo menos o primeiro) consegue ser uma novidade, uma nova forma de ver e fazer terror.
(Os interessados em saber mais cliquem nos links associados aos títulos de cada filme)
Agora que penso bem, vi tantos filmes que é possível que no meio de tanta salganhada alguns fiquem para trás. Os esquecidos que me perdoem porque neste momento só me lembro mesmo destes.Ai Zé B. que saudades das nossas sessões de cinema!
2 comentários:
o saw III é uma desilusão.... é só para te esclarecer.
xykinho o Saw II também já não era grande coisa! Mas o I vale pelos 3.
De qualquer maneira o que pretendia era sobretudo destacar a ideia da trilogia e inerente a cada um dos filmes. Porque se de facto tivesse que escolher, escolhia sem dúvida nenhuma o Saw I.
Enviar um comentário