sábado, abril 25, 2009

25 de Abril

Onde estão a liberdade e a justiça social?!

Vejo apenas os mesmos de sempre, parlamentarmente sentados, orgulhosos da sua verborréica retórica que nada faz, nada acrescenta. Vestem cravos um dia em 365 e nos restantes brincam ao faz-de-conta.

Passados 35 anos, há que perguntar por onde andam as promessas da Revolução, há que julgar os responsáveis pelo que falhou. Porque o 25 de Abril não serve apenas para recordar o que conquistamos, mas também para avivar o muito que ainda está por fazer.

Uma mesa à nossa espera...

Mesa Livre, Paris

sábado, abril 18, 2009

Ao Rafa

OBRIGADO RAFINHA!!!

- Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos saltos e aos pinotes -
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas.

Que o meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza:
A um morto nada se recusa,
Eu quero por força ir de burro.
Fim, Mário de Sá-Carneiro

sábado, abril 11, 2009

Mensário das Casas do Povo

Gostaria de partilhar com todos os meus leitores uma “descoberta” deveras interessante que fiz, recentemente, no arquivo da Casa do Povo (de Casegas). Trata-se do Mensário das Casas do Povo.
E é aqui que pego no estudo de Nuno Domingos sobre as Bibliotecas da Casa do Povo - publicado no livro Estudos de Sociologia da Leitura em Portugal no Século XX (Direcção de Diogo Ramada Curto, numa edição conjunta da FCG e da FCT) – para explicar com maior precisão no que consiste o Mensário da Casa do Povo.
“Publicação especialmente criada para acompanhar a actividade das Casa do Povo, o Mensário das Casas do Povo era um espaço jornalístico difusor da retórica ruralista mais exacerbada. Redigidos numa linguagem culta e pouco acessível a frágeis esquemas interpretativos, os artigos e textos do Mensário pareciam destinados aos elementos que se poderiam tornar os elos de ligação entre o poder central e as localidades, entre a doutrina e as práticas. Um dos princípios fundadores da Junta Central das Casas do Povo, criada em 1945 com o objectivo de reorganizar a intervenção cooperativa, era a indispensabilidade de assegurar a eficácia de uma acção persuasiva através da criação de um mensário que não vise unicamente a generalidade dos sócios efectivos, mas se destine, também, aos dirigentes, que contenha, em cada número, regras práticas de acção, alvitres, sugestões, que seja, ao mesmo tempo, uma publicação bonita, legível e agradável, que convença pela palavra e pela imagem. O Mensário constitui um óptimo observatório de análise para avaliar o modo como o centro político operacionalizou teoricamente as suas intenções de disciplinar a periferia rural.”

Cito Nuno Domingos porque o Mensário das Casas do Povo é exactamente como ele o descreve, uma publicação ao serviço da política cultural do Estado Novo, densa e pouco acessível ao comum Homem do Campo (a quem se destinava!). Não obstante, não deixa de ser extremamente interessante, quer a nível gráfico, como ao nível dos próprios conteúdos, que abordavam temas como a lavoura, maternidade, música, adivinhas ou contos; já para não falar naquelas publicidades preciosas, vulgo reclames, dos anos 50 e 60. Deixo-vos algumas imagens.

sexta-feira, abril 10, 2009

Meu Deus, qué qué isto?!?!

E para adocicar mais a coisa, um pouco de Spam Cartoon:

quarta-feira, abril 08, 2009


cracked head/open head/empty head

domingo, abril 05, 2009

Quanto vale um voto na urna?!

Considero não haver nada melhor do que Ano de Autárquicas para desbloquear aquela obra parada ad eternum ou para que qualquer obra em execução termine no prazo estabelecido. Ano de eleições é também uma óptima altura para requerer junto da autarquia auxílio no alcatroamento de um caminho privado ou arranjo de uma parede caída.

SENÃO: frequentemente a emenda é pior que o soneto e aquela obra fulcral cedo se torna em encargo dispendioso e desnecessário.

Há também o Ano de Legislativas, sempre profícuo em retórica barata, promessas vãs e medidas governamentais de curto prazo que mais não visam do que a compra de votos.

E sendo este, simultaneamente, ano de autárquicas e legislativas cheira-me que está para ser servido um buffet de obras e políticas do arco-da-velha, regadas, como não poderia deixar de ser, por um desfalque do erário público.

E assim se "come" em Portugal!!!

quinta-feira, abril 02, 2009

Cuequices & Companhia

Para o Melo...



Compete-me ainda dizer que considero este clip extraordinário, pois consegue captar na perfeição a essência da música Friendship dos Tenacious D (dos quais sou mega-fã!) usando imagens do SpongeBob squarepants (do qual também sou mega-fã!). Grande... Metro e meio!