Rompam aos saltos e aos pinotes -
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas.
Que o meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza:
A um morto nada se recusa,
Eu quero por força ir de burro.
Fim, Mário de Sá-Carneiro
Por Unknown às 1:40 da tarde
Marcadores: calma lá que isto sou eu, pets
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7 comentários:
:( .....
Rafinha!
Espero que te levem de burro.
A quem dá amor não se nega nada!
Após um ano de doença e sofrimento, o momento da separação chegou.Deitei-o sobre a manta,acariciei-lhe a cabeça e o focinho,fixou-me o olhar lânguido e sem qualquer movimento, a morte veio sorrateiramente.
O fiel companheiro passou connosco cinco anos de verdadeira amizade e dedicação e, por isso, vamos crer no pensamento de Fernando Pessoa "Morrer é apenas não ser visto". O Rafinha não morreu, apenas partiu primeiro.Ficará para sempre na nossa memória.Obrigada Rafinha, pela amizade e protecção que me
deste.
A dona eternamente grata.
O animal selvagem e cruel não é aquele que está atrás das grades. É o que está na frente delas." (Axel Munthe)
"A compaixão para com os animais é das mais nobres virtudes da natureza humana." (Charles Darwin)
"Jamais creia que os animais sofrem menos do que os humanos. A dor é a mesma para eles e para nós. Talvez pior, pois eles não podem ajudar a si mesmos." (Dr. Louis J. Camuti)
"Não há diferenças fundamentais entre o homem e os animais nas suas faculdades mentais...os animais, como os homens, demonstram sentir prazer, dor, felicidade e sofrimento." (Charles Darwin)
"A grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo que seus animais são tratados." (Mahatma Gandhi)
RAFITA.
Quando há cinco anos chegaste à nossa casa pela mão de um amigo, eras um cachorro brincalhão que desde logo passou a fazer parte da família. Durante cinco anos foste o companheiro e o fiel amigo que aguardava o meu regresso a casa após um dia de trabalho e se impacientava com a minha demora. Foste a companhia e protecção sempre presente daquela que hoje chorou a tua morte e com quem partilhaste momentos de felicidade que o tempo dificilmente apagará. Como eras feliz quando o Hugo, o Licínio e o Marco vinham a casa após longas ausências e imediatamente os reconhecias, latindo com uma alegria incomensurável. Lembro-me como ficavas triste quando pressentias a sua partida, mas não esqueço a amizade que te retribuíam quando telefonavam para casa e invariávelmente as primeiras palavras eram para perguntar pelo Rafita.
Não esqueço a ternura e a protecção que delicadamente dedicavas à minha netinha Alexandra que te adorava e que sentirá a tua falta.
Não esqueço o teu olhar triste quando pressentias tristeza na família que te acolheu.
Morreste hoje dia 18 de Abril após sofrimento e doença incurável. Sei que morreste com dignidade e sem dor ajudado pelo Médico veterinário.
Não pude olhar para ti nos derradeiros momentos de vida, pois iria ver nos teus olhos uma tristeza que não tive coragem de partilhar contigo e irias ver-me chorar.
Pressentiste o teu fim, bem o sei. Não pude ajudar-te mais.
JAMAIS TE ESQUECEREMOS RAFITA.
"O Senhor é bom para todos, e as suas misericórdias estão sobre todas as suas criaturas." - Salmos 145:9
O dia amanheceu sereno e o céu azul. Quando abri a janela,os primeiros raios de de sol espreitavam já no horizonte.A Luna, sossegada no sítio de costume,agitou a cauda.Abri a porta e o Snnopy levantou as patas,poisou-as no meu peito como que a dizer bom dia,num instante aparece o Bolinhas.Sentam-se,fixam-me com olhar triste e expressivo como que a perguntar pelo Rafinha.Comovi-me e as lágrimas rolaram.Em redor há silêncio!...Às oito e um quarto,defronte da nossa casa,surgem meia dúzia de ciclistas ,um jipe e cerca de oitenta caminheiros(grupo das caminhadas).Como em outros dias,a sua reacção natural seria ladrar e correr para a estrada.Nada disso!Sentados,olharam e mantiveram-se em silêncio!...Passaram carros ,tractores,companheiros de raça e o silêncio mantém-se.
Já passaram mais de vinte e quatro horas e em redor apenas se vai ouvindo o chilrear dos pássaros,o arrulhar das pombas,o cacarejar das galinha e o canto de um galo de vez em quando.Sentados,deitados ou em pé apenas levantam o focinho,farejam,esperam e sofrem em silêncio...É assim que os nossos amigos de quatro patas estão,Marquinho.
Parafraseando algumas das citações do César de facto,a dor ,seja física ou da separação,é semelhante entre os animais e os humanos.
Rafinha,os teus amigos caninos também gostavam de ti...Jamais te esqueceremos.
Bem sei quanto custa (ao fim de 11 anos) ir de fim-de-semana e não adormecer com ela a ladrar na janela do meu quarto... passou uma "vida inteira" comigo, até ao ano passado. Nem conta dei que a tinha comigo desde os 10 anos... mas ainda hoje sinto falta... :( ines
Tenho esta coisa de que quando sou muito próximo de alguém, quando gosto de alguém muito mas muito mesmo, invento-lhe imensos nomes... Razões? Parvoíce por certo mas essencialmente carinho e muito afecto. Pois o Rafa foi Rafa mas também Rafinha, Rafael, Rafaelinho, Rafelâncio, Rafaínha, Rafenelinho, Rafiiiiiiiiiiiiiiiiinha, Rafita entre outras múltiplas variações que agora me fogem da memória.
Quando vi o Rafa, pela primeira vez, percebi "habemus canis". Até então e, durante muitos anos, os únicos animais de estimação que tínhamos tido eram gatos. Alguns deles extraordinários… mas gatos!
O Rafinha trouxe um novo significado às nossas vidas. Não tanto por ser um cão mas mais pelo facto de ser verdadeiramente especial.
Rafinha, foste um cão dócil, amigo e protector. Às vezes penso se era apenas um reflexo da tua personalidade ou um reflexo de gratidão. Sim, gratidão pelas inúmeras vezes que te salvámos a vida. Por seres curioso e divertido, meteste-te em apuros e alhadas tantas e tantas vezes. A tua vida esteve em risco em mais que uma ocasião mas nós estivemos sempre lá (às vezes por sorte, é certo!) para te ajudar. E eu sinto que tu nunca esqueceste isso.
De entre os cães todos sempre foste o meu preferido. E a razão porque gostava mais de ti do que do Bolinhas ou da Luna era porque tu eras um verdadeiro companheiro. Sempre que vinha de férias a casa e me vias chegar uma enorme felicidade percorria o teu corpo. Saltavas e ganias de felicidade. Pressentias quando era hora de partir… Demos muitas corridas juntos... Ri-me muitas vezes a ver-te comer. "Já reparaste que o Rafa nem mastiga?", pergunta frequente entre a família.
Eu podia continuar aqui a descrever todas as memórias que deixaste. Podia dizer-te o quanto todos sentimos a tua falta. Podia dizer-te que serás para sempre o meu cão preferido. Podia dizer-te tanta coisa... Mas não vale a pena porque eu sei que quando te despediste da vida, com a Mãe Maria ao teu lado, o teu olhar disse “Adeus e obrigado”.
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