sábado, setembro 16, 2006

guerra na imprensa portuguesa...

Saiu este fim de semana mais um jornal para as bancas portuguesas, lançando assim uma guerra na imprensa portuguesa que já se vinha adivinhando com os desenvolvimentos das últimas semanas.

Expresso vs Sol, qual será o vencedor?!














Só muito dificilmente conseguirei dar uma olhadela este fim de semana no Expresso ou no Sol, pois ainda nem era meio dia e já ambos estavam esgotados nas bancas. Mas uma coisa posso fazer: apontar alguns pontos negativos e positivos que se destacam já destes dois jornais.

Por um lado surge o Sol, apresentado por José António Saraiva como uma "ideia luminosa" e como "um ciclo de mudança na comunicação social". Contudo, o Sol cheira mais a quezília pessoal de Saraiva que outra coisa, situação de que muito dificilmente se conseguirá destacar depois duma saída claudicante da Direcção do Expresso. Mas será que o Sol trará renovação à imprensa portuguesa? Não me parece: não só porque Saraiva reuniu à sua volta "a equipa dos anos de ouro do Expresso", que a meu ver já deu o que tinha a dar (até porque os anos de ouro do Expresso já foram há algum tempo!!), mas também porque os colunistas que Saraiva tanto apregoou me parecem francamente inferiores aos do Expresso. Além disso, o Sol parece tresandar a populismo e imprensa cor-de-rosa (ideia com que fiquei após assistir ao último Grande Entrevista!). Saraiva, amigo, tens toda a razão quando dizes "nós não estamos virados para o Passado", porque o futuro não parece ser o vosso condão...

Espero estar enganado e espero também que o destino reserve aos portugueses e ao Sol melhor fado que o do Independente.

Por outro lado surge o Expresso, um jornal com um extenso historial e que já provou tudo o que tinha a provar. Parece-me bem a mudança de cara efectuada, pelo menos confere-lhe mais dinamismo e atractividade. Contudo, julgo que extensa campanha de marketing do Expresso nas últimas semanas demonstra uma certa fragilidade!! Nesta guerra que se prevê acesa o Expresso optou pela via mais fácil e não me parece que a descida de preço e os filmes grátis sejam a solução. Tal como diz Saraiva, "os brindes terão que acabar" e quando isso acontecer ganhará aquele que apresentar melhores conteúdos...

De qualquer das maneiras já davam o Nobel ao Saraiva...
A ver se o homem se cala!!!

2 comentários:

Festivaleiro disse...

Cala-te lá que o Saraiva é um filósofo.

O melhor analista português (também vi a Grande Entrevista)!!! E ainda por cima é humilde!

Claro que narcisismo não lhe falta :)

Festivaleiro disse...

e tens um header todo catita...