"Assim que fui capaz de observar os homens, olhava-os a agir e escutava-os a falar; depois, vendo que as suas acções não se pareciam de modo algum com os seus discursos, procurei a razão dessa dissemelhança, e descobri que, sendo ser e parecer, para eles, duas coisas tão diferentes quanto agir e pensar, essa segunda diferença era a causa da outra.(...) No empreendimento que concebi de me mostrar inteiro ao público, é preciso que nada de mim lhe permaneça obscuro ou oculto; é preciso que me mantenha interessante sob os seus olhos; que ele me siga em todos os descaminhos do meu coração, em todos os recantos da minha vida; que não me perca de vista um só instante, de modo que, encontrando o meu relato a menor lacuna, o menor vazio, e perguntando-se: oque é que ele fez durante este tempo?, não me acuse de não ter querido dizer tudo. "
Rousseau, J.-J., "Lettre à Christophe de Beaumont", in Oeuvres complètes
1 comentários:
Ai_jasusa ainda bem que estás de volta; já tinha saudades da tua retórica!! :)
Queria comentar o post que colocaste, mas até eu o acho de difícil compreensão!!!
Dá-me uns dias para meditar sobre o que li, que eu te darei a minha opinião.
Abraço
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