Reconheço a incorrecção do gesto de Manuel Pinho. Mas não condeno, pois para falar do gesto há também que falar do debate que estava a ocorrer, nomeadamente da prestação do deputado Bernardino Soares. Porém, como de costume, a imprensa limitou-se a destacar o gesto e a oposição, que tantas vezes alberga atitudes bem mais condenáveis, rapidamente aproveitou a deixa para demonizar o ex-ministro. E em Manuel Pinho, ao demitir-se, eu vi a ombridade que outros não ousaram ter.
Tenho para comigo que Manuel Pinho foi um bom Ministro da Economia e Inovação, donde destacaria, entre outras, as políticas de promoção do País, o Magalhães e o incentivo à criatividade e inovação. Porém, encabeçando-se uma pasta bastante difícil, são muitos os problemas com que nos deparamos, e responsabilizar o ex-ministro pelos revezes da Economia Nacional é um erro e claramente um acto de má fé.
Termino com as palavras de Ferreira Fernandes na edição do DN de hoje:
"Manuel Pinho, fecundou, fez, arranjou trabalho para os mineiros. Mas o país, pouco dado à mitologia egípcia, não entendeu."
Tenho para comigo que Manuel Pinho foi um bom Ministro da Economia e Inovação, donde destacaria, entre outras, as políticas de promoção do País, o Magalhães e o incentivo à criatividade e inovação. Porém, encabeçando-se uma pasta bastante difícil, são muitos os problemas com que nos deparamos, e responsabilizar o ex-ministro pelos revezes da Economia Nacional é um erro e claramente um acto de má fé.
Termino com as palavras de Ferreira Fernandes na edição do DN de hoje:
"Manuel Pinho, fecundou, fez, arranjou trabalho para os mineiros. Mas o país, pouco dado à mitologia egípcia, não entendeu."
2 comentários:
Manuel Pinho tentou fazer a microgestão da economia. Transformando-se mesmo num ministro-empreendedor (com o dinheiro público, evidentemente) passando com grande desenvoltura do negócio dos sapatos da Aerosoles para o negócio dos semicondutores da Qimonda. Percebia de minas e de carros eléctricos, de louças das Caldas e energia das ondas. Sabia o que produzir, sabia quanto investir, sabia quem contratar, sabia em que sectores entrar. E sempre que os empresários não partilhavam da sua grande visão, havia sempre dinheiro público que os fazia mudar de ideias. Não havia negócio que não fosse moderno e potencialmente lucrativo. Não havia limite tecnológico, económico ou social que o intimidasse.
Com isto eu concordo!
Não percebi se estás a ser irónico ou sincero. :s :s
Não digo que a sua acção, enquanto ministro, não apresente falhas. Porém, penso que no global o seu desempenho foi francamente positivo. Exemplo dos sucessos são alguns dos dossiers que apontaste.
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