Que país é este onde os idóneos e aparentemente honestos são preteridos a favor dos corruptos e incompetentes? Que país este onde o "lobbismo" se roga no direito de tudo controlar e a todos roubar? Certo está Marinho e Pinto, Bastonário da Ordem dos Advogados, ao lançar uma suspeita generalizada sobre a Administração Pública e sobre a classe política.
E é precisamente no momento em que se esperaria do Governo uma atitude séria no combate à corrupção, que Sócrates decide dar um passo no sentido inverso, "demitindo" o Ministro Correia de Campos. Numa manobra de puro populismo, Sócrates, em vez de dar a cara à luta, opta por descalçar a bota e cede à manipulação da opinião pública, deixando cair o Ministro da Saúde.
Verdade seja dita, o SNS necessitava de uma urgente reestruturação (tal como muitos outros sectores da Administração Central); coube a Correia de Campos fazê-lo e estava a fazer um bom trabalho, pesando apenas o seu deficit comunicacional. Porém, ao fazê-lo Correia de Campos atacou poderosos interesses há muito instalados, lobbys que cedo procuraram minar o trabalho do Ministro da Saúde recorrendo à contra-informação e ao populismo. Veja-se o exemplo da criança recentemente falecida em Anadia: a comunicação social empolou e usou o caso para descredibilizar as medidas tomadas, mesmo perante as declarações de um pesaroso pai que afirmou tudo ter sido feito para salvar a criança.
Não nego existirem lacunas nas políticas do Ministério da Saúde, mas acredito que no cômputo geral se estava a rumar na direcção certa. E o que Sócrates fez? Reafirmo: não só não veio a público defender o seu Ministro como lhe competia, como optou por colocar no seu lugar uma amiga de Manuel Alegre: Ana Jorge, a braços com um processo judicial no "âmbito de uma acção de responsabilidade financeira por alegados pagamentos indevidos ao Hospital Amadora-Sintra quando era Presidente da ARS de Lisboa" (fonte: Sol).
Dois coelhos de uma cajadada só: cala-se o "amigo" Manuel Alegre e diminui a contestação na ruas.
Quem ganha com isto tudo? Sócrates, que vê diminuir a contestação e sai com a imagem reforçada por ter "corrido" com o malvado Ministro!! Faz lembrar a rábula dos Gato Fedorento... aquela em que o Sócrates só subia ao palco para recolher os louros, deixando os tomates podres para os Ministros.
Quanto à substituição da Ministra da Cultura, parece-me que peca apenas por ser tardia, pois temo que muitas das asneiras que fez já não tenham remendo. De qualquer forma, sem ovos não se fazem omeletes e o novo Ministro terá que lutar contra um orçamento extremamente restritivo e que deixa pouca margem de manobra. Esperemos por um mudança de políticas nesta área...
E é precisamente no momento em que se esperaria do Governo uma atitude séria no combate à corrupção, que Sócrates decide dar um passo no sentido inverso, "demitindo" o Ministro Correia de Campos. Numa manobra de puro populismo, Sócrates, em vez de dar a cara à luta, opta por descalçar a bota e cede à manipulação da opinião pública, deixando cair o Ministro da Saúde.
Verdade seja dita, o SNS necessitava de uma urgente reestruturação (tal como muitos outros sectores da Administração Central); coube a Correia de Campos fazê-lo e estava a fazer um bom trabalho, pesando apenas o seu deficit comunicacional. Porém, ao fazê-lo Correia de Campos atacou poderosos interesses há muito instalados, lobbys que cedo procuraram minar o trabalho do Ministro da Saúde recorrendo à contra-informação e ao populismo. Veja-se o exemplo da criança recentemente falecida em Anadia: a comunicação social empolou e usou o caso para descredibilizar as medidas tomadas, mesmo perante as declarações de um pesaroso pai que afirmou tudo ter sido feito para salvar a criança.
Não nego existirem lacunas nas políticas do Ministério da Saúde, mas acredito que no cômputo geral se estava a rumar na direcção certa. E o que Sócrates fez? Reafirmo: não só não veio a público defender o seu Ministro como lhe competia, como optou por colocar no seu lugar uma amiga de Manuel Alegre: Ana Jorge, a braços com um processo judicial no "âmbito de uma acção de responsabilidade financeira por alegados pagamentos indevidos ao Hospital Amadora-Sintra quando era Presidente da ARS de Lisboa" (fonte: Sol).
Dois coelhos de uma cajadada só: cala-se o "amigo" Manuel Alegre e diminui a contestação na ruas.
Quem ganha com isto tudo? Sócrates, que vê diminuir a contestação e sai com a imagem reforçada por ter "corrido" com o malvado Ministro!! Faz lembrar a rábula dos Gato Fedorento... aquela em que o Sócrates só subia ao palco para recolher os louros, deixando os tomates podres para os Ministros.
Quanto à substituição da Ministra da Cultura, parece-me que peca apenas por ser tardia, pois temo que muitas das asneiras que fez já não tenham remendo. De qualquer forma, sem ovos não se fazem omeletes e o novo Ministro terá que lutar contra um orçamento extremamente restritivo e que deixa pouca margem de manobra. Esperemos por um mudança de políticas nesta área...
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