Nos dias que correm, a imprensa nacional, fazendo jus ao seu rótulo de medíocre, conseguiu fazer de Portugal um país de beatas coscuvilhando a vida alheia. Acontece porém que as beatas são os próprios jornalistas e o povo coitado lá tem que parar para assistir à sua conversa.
Não nego ser possível existirem no passado curricular de José Sócrates algumas confusões e trapalhadas. Mas mais ou menos dúbio, esse é um problema do foro particular do Primeiro-ministro, não uma questão de imperativo nacional. É certo que esta celeuma poderá minar a credibilidade pessoal de Sócrates, mas quem tem um passado isento de falhas? Se Sócrates é Primeiro-ministro é-o pelo seu trabalho político, não pela sua prestação enquanto engenheiro.
Mas este não é um post para defender Sócrates. Este é um post que pretende apontar os podres e a mediocridade d'algum jornalismo português. Com ou sem pressões uma coisa parece-me clara: alguém quer fragilizar a posição de Sócrates e com isso trazer instabilidade ao país. Será porque a instabilidade venderá mais jornais? Ou será que outros haverá que ganharão com essa instabilidade? E diga-se que também não é menos verdade que existem problemas bem mais prementes no país, mas alguém insiste em camuflar a verdade e entreter-nos com corriqueirices.
E os responsáveis por tudo isto? Os media! Fabricadores de notícias e opiniões. Influenciáveis. Corruptíveis. Sensacionalistas. Parciais.
E não haja dúvida que, diga o que disser José Manuel Fernandes, nesta salgalhada toda o Público está a ter um papel preponderante. Basta visitar a página on-line do Público para verificar isso mesmo (na últimas semanas não houve um único dia em que as habilitações de Sócrates não estivessem em destaque).
Agora que penso, talvez alguém esteja interessado em deitar abaixo o Governo... assim sendo é capaz de ser mais fácil alterar já a Constituição e em vez de eleições de 4 em 4 anos passávamos a fazer de 2 em 2. É que parece ser moda em Portugal nos últimos tempos...
Não nego ser possível existirem no passado curricular de José Sócrates algumas confusões e trapalhadas. Mas mais ou menos dúbio, esse é um problema do foro particular do Primeiro-ministro, não uma questão de imperativo nacional. É certo que esta celeuma poderá minar a credibilidade pessoal de Sócrates, mas quem tem um passado isento de falhas? Se Sócrates é Primeiro-ministro é-o pelo seu trabalho político, não pela sua prestação enquanto engenheiro.
Mas este não é um post para defender Sócrates. Este é um post que pretende apontar os podres e a mediocridade d'algum jornalismo português. Com ou sem pressões uma coisa parece-me clara: alguém quer fragilizar a posição de Sócrates e com isso trazer instabilidade ao país. Será porque a instabilidade venderá mais jornais? Ou será que outros haverá que ganharão com essa instabilidade? E diga-se que também não é menos verdade que existem problemas bem mais prementes no país, mas alguém insiste em camuflar a verdade e entreter-nos com corriqueirices.
E os responsáveis por tudo isto? Os media! Fabricadores de notícias e opiniões. Influenciáveis. Corruptíveis. Sensacionalistas. Parciais.
E não haja dúvida que, diga o que disser José Manuel Fernandes, nesta salgalhada toda o Público está a ter um papel preponderante. Basta visitar a página on-line do Público para verificar isso mesmo (na últimas semanas não houve um único dia em que as habilitações de Sócrates não estivessem em destaque).
Agora que penso, talvez alguém esteja interessado em deitar abaixo o Governo... assim sendo é capaz de ser mais fácil alterar já a Constituição e em vez de eleições de 4 em 4 anos passávamos a fazer de 2 em 2. É que parece ser moda em Portugal nos últimos tempos...
Uma coisa é certa, assim não vamos lá!
14 comentários:
O Director do Publico ha muito que não pode com o Sócrates. Já vem pelo menos da altura em que era secretário de estado do ambiente...
E depois há a absoluta irrelevância do tema para o país. Além de que, se os jornalistas fizessem um trabalho decente iriam até a umas quantas Universidades perguntar quantos notas de alunos são lançadas em Agosto e quantas delas têm erros de transcrição... Talvez se espantassem com a tremenda frequência com que isso acontece!!
Pois é Egas, tu não fizeste como eu a tua juventude a ler Jornalistas, mas a ler Tarefeiros a prazo, com o cutelo sobre o fim do ordenado. Desculpa estragar-te a caixa de comentários, mas anda por aí um jornalismo de merda, ainda por cima ficam exasperados quando se lhes toca na capelinha e ninguém se pode atrever a insinuar o que quer seja, estejam ou não ao serviço da intriga balofa apenas para vender jornal. Pouco lhes importa a qualidade jornalistica, o que é preciso é fazer sair jornal para não ter o ordenado em causa. E espanta-me, ou não, que algumas vozes de peso estejam a assistir, sem critica, para comer da mesma mão.
Na noite da entrevista, o Público colocou à hora da entrevista outra notícia no Jornal on line apenas com objectivo de não poder ter resposta em directo. Um nojo! Se queres que te diga, as notícias começaram para mim com alguma relevância,ou curiosidade, mas rápido me apercebi (porque aprendi antes de Abril de 74 a ler nas entrelinhas) que queriam que eu fizesse parte de uma peça. Neste momento, Sócrates pode ser à vontade Bacharel porque o pecado maior para mim está nesta loucura de jogo conjugado de "Públicos", "SIC's", "Mendes", "Costas", "Delgado" e outros mafarricos.
Brother,
Infelizmente vivemos num país em que aqueles que mais deviam pautar pela insenção e idoneidade são sempre dos primeiros a cair na tentação do "opinion maker". Hoje em dia, em vez de reportar e informar com qualidade, um jornalista preocupa-se mais em fazer opiniões e construir notícias.
E sim, não haja dúvida que desde essa altura José Manuel Fernandes tem aproveitado todas as ocasiões para fomentar a sua guerrinha pessoal com Socrates. O problema é que os danos colaterais sobram sempre para o povo.
Caro Graza,
Os teus comentários são e serão sempre bem-vindos, até porque merda é dizer pouco...
Julgo ter sido Miguel Sousa Tavares quem uma vez disse que Portugal estava enterrado num lodaçal e embora ele usasse o termo num outro sentido, não tenho qualquer dúvida que pelo menos ao nível dos media Portugal deita lama pelos colarinhos, dada a mediocridade do jornalismo português, mais dado ao populismo e sensacionalismo do que à verdade.
Porém talvez não seja algo assim tão estranho... Pelo menos num país onde os estudantes de jornalismo têm dificuldade em "dominar" a sua própria língua.
E depois há ainda os vendidos, os mafarricos de que falas, prostitutas que vendem o seu espaço de antena ao maior licitador.
Coisas a que já não estejamos habituados nesta terra de televisões de Floribelas e Lilis Caneças, e de jornais que oferecem colecções de livros, DVDs e música em vez de jornalismo.
Já agora, aproveito esta discussão para remeter os meus leitores para 2 posts interessantes no Arroios sobre esta temática:
Aflitos pelo Canudo)
e
"Que ganda nóia")
Caro Egas
Uma coisa são os nossos desabafos virtuais em forma de post, outra é o merecimento às luzes da ribalta e eu, dou-me mal com o foco das luzes, para além de achar que tem razão um amigo, quando me diz que sou corajoso. Respondo-lhe que a humildade com que as coisas se fazem não nos deve criar problemas de consciência. Apesar de tudo, o meu reconhecimento pela relevância.
Mas sabes, tudo isto é estranho, o lodaçal, as denúncias do MST as coisas que aqui falamos todos, como é possível termos dois países a funcionar? Aquele que nos entra pela casa dentro e que todos nós denunciamos, e o outro, o da gente como tu e de outros amigos com os quais compartilhamos estas estas evidências responsáveis por muito do nosso atraso, porque nos gasta energias. Sempre disse e ainda ontem ouvi António Barreto dizer também que "...temos 30 anos de vôo democrático". A massificação na Educação tem ainda pouco tempo, e estas aprendizagens levam tempo. Mas para estes nossos Doutores, Jornalistas e Democratas já é muito tempo: Ou são burros ou também temos que lhes investigar as competências.
EU ACHO QUE TODA ESTA TRAPALHADA DO CANUDO DO SÓCRATES É MAIS UMA CABALA.MAS NÂO SERÁ ESTRANHO AS CABALAS APARECEREM APENAS COM O PARTIDO SOCIALISTA? E MAIS UMA VEZ PASSARAM UM ATESTADO DE BURRICE AO NOSSO POVO!
Graza,
Não te preocupes... não se trata de luzes da ribalta. Trata-se apenas de dar destaque a alguns posts que considerei conterem informações interessantes e que se coadunam com a minha corrente de pensamento.
Em relação aos nossos "Doutores" e afins acredito existirem duas vertentes: os "cheios de lábia" que gostam de explorar e viver às custas dos outros e os puramente burros. Por exemplo, é para mim inconcebível que um estudante universitário não saiba os mínimos da história do seu país ou da sua língua. Mas isto existe e o número dos que chegam ao ensino universitário nestas condições aumenta de ano para ano.
(Eu tenho colegas assim Graza!)
Anónimo,
Não sei se se trata de uma Cabala. Sei apenas que tudo isto é muito estranho... são demasiadas as coincidências!! Mas não deixa de ser menos verdade que adicionando a isto José Manuel Fernandes e o grupo Impresa acabamos por reunir alguns dos ingredientes necessários a uma cabala.
Se as cabalas aparecem só com o PS também não sei, até porque o pobre do "guerreiro menino" também afirma ter sido vítima de uma cabala. Se bem que neste caso eu acho que ele próprio era (e é!) a cabala.
Se passaram um atestado de burrice ao nosso povo também não sei. Sei apenas que o Povo só se deixa passar por burro se quiser. Muitos há que são influenciáveis, mas outros há também que não perdem o seu espírito crítico e que não deixam de avaliar criteriosamente a situação.
Mas se existe alguém a passar atestados de burrice, esse alguém são os "media". Umas vezes ao serviço doutros, outras deles próprios, e outras ainda porque pura e simplesmente alguns dos fazedores de media são eles próprios burros.
Se me permitem, gostaria de vos reencaminhar para a magnífica análise de Nicolau Santos à problemática das habilitações de Sócrates, que saiu no Expresso do último Fim de Semana:
Por favor, podemos voltar a preocupar-nos com o país?
Egas
"...porque o pobre do "guerreiro menino" também afirma ter sido vítima de uma cabala. Se bem que neste caso eu acho que ele próprio era (e é!) a cabala."
Sublinho o que escreveste porque alguém me lembrou uma frase que por acaso lhe ouvi também numa das suas reaparições aqui há uns meses, depois da pequena travessia do deserto, que dizia mais ou menos assim: "...e esperem porque um dias destes vão ter por aí novidades" (!?, foi mais ou menos isto).
Seriam estas as novidades que o "menino" já sabia a tanta distância? Ou serão outras que não estas que ainda não sabemos? O que é que se infere quando alguém tem a ingenuidade de vir anunciar que sabe antecipadamente de coisas?
Quanto ao nosso Nico, honra-me ter amigos que fizeram um grande percurso com ele. Apesar do laço não é homem que olhe para a sombra.
E mostra com aquela análise que a vida dele não pode ser desperdiçada por quem tem outros objectivos pessoais e com isso ponha em risco os interesses colectivos. Basta olhar para aquela agenda e percebe-se que quem fomenta estas guerras está muito pouco interessado em que o Governo consiga realizá-las.
Até parece que o facto que o facto de quem escreve e sua condição, justificam aldrabices a alguém! Queremos lá saber se o tipo gosta do Sócrates ou não...!!! Nós queremos é a verdade!
Ninguém quer aqui defender Sócrates Asno. Eu pelo menos não o pretendo e julgo que o Graza também não e também não me parece que esse fosse o objectivo do artigo de Nicolau Santos.
Aquilo que se pretende aqui salientar é que existem no país problemas bem mais pungentes e que urge resolver. E enquanto perdermos tempo a discutir ninharias (sim porque a polémica do canudo de Sócrates, apesar das mentiras envolvidas, é uma ninharia) tempo vital de acção será desperdiçado.
O atraso crónico do país não pode nem deve ser agravado por força de motivos de ordem pessoal.
O país simplesmente não tem condições de ser sujeito a novo processo eleitoral. Concorde-se ou não com as políticas do Governo de Sócrates, o país necessita urgentemente de estabilidade política. O défice, a presidência da UE que se aproxima e a reforma da administração pública, da justiça e da saúde são assuntos bem mais importantes que o diploma de Sócrates.
Graza se Santana sabe de algo que o país não sabe, eu não sei (ui que utilizei o verbo saber 3 vezes em meia dúzia de palavras :p).
O que eu sei é que é típico de Santana "mandar umas larachas" só para andar nas bocas do mundo. Se de facto ele sabe algo ou se pretende apenas tempo de antena, o futuro o dirá.
Há ainda uma terceira alternativa: Santana qual irmã Lúcia vem revelar os segredos de Fátima depois de serem do conhecimento geral.
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