segunda-feira, abril 30, 2007

Rascunhos de Nîmes

(clique nas imagens para aumentar)
St. Perpétue
Place des Arenes (anfiteatro do séc.1 DC)
Jardin de la Fontaine
Pormenor do Jardin de la Fontaine
Place d'Assas
La Maison Carré (templo datado do séc. 1 DC)
La Maison Carré com o Le Carré d'Art (Biblioteca e Galeria de Arte Contemporânea) ao fundo
St. Baudile
Quai de La Fontaine
Buliço numa das ruas da zona histórica
La Porte Auguste (e estátua do imperador Augusto)
Pormenor Arquitectónico (janelas típicas)

sexta-feira, abril 27, 2007

Rascunhos de Marselha

(cliquem nas imagens para aumentar)
Pormenor do Porto Velho
Hôtel Dieu
Esplanada com vista para o Porto Velho
Place aux Huiles no Quartier Basket
(Loja típica de Marselha - venda de sabão e óleos)
Pormenor da Notre-Dame des Accoules
Pormenor da saída do Porto Velho com o Palais du Pharo em pano de fundo
Marselha vista do Velho Porto com a Notre-Dame de La Garde em pano de fundo
Pormenor do Palácio de Longchamp

quarta-feira, abril 25, 2007

terça-feira, abril 24, 2007

ainda nada está perdido....

quarta-feira, abril 18, 2007

E Deus diz: toma lá uma pistola e vai matar uns quantos! (ou em memória das vítimas do massacre Virginia Tech)


Sim, para aqueles que não sabem, muitos americanos afirmam que possuir uma arma é um God given right (um direito concedido por Deus!). Pergunto-me: é de mim ou esta é uma afirmação um pouco paradoxa? E onde é que será que eu já ouvi palavras semelhantes? Ah, já sei: é uma expressão muito usada por terroristas e outros que tais para promover guerras e destruição. Pois, estão a pensar o mesmo que eu: vendo deste prisma se calhar até têm razão na sua afirmação. Logo, também não é de estranhar que situações como esta continuem a acontecer.

Já agora, veja-se por exemplo o significado de "domingo em família" para alguns americanos:

E já que estou nisto, porque não um pouco de história americana?

terça-feira, abril 17, 2007

E porque não um post sobre David Attenborough?




Uma chama de esperança num planeta em extinção

Quando se fala em serviço público de televisão vem-me logo à cabeça o espantoso trabalho desenvolvido pela BBC ao longo de décadas na divulgação das maravilhas do nosso planeta. A BBC e David Attenborough foram pioneiros na promoção da preservação do mundo natural, quando fenómenos como "El niños", "alterações climáticas" ou "efeito de estufa" eram apenas miragens.

Tudo isto para dizer que acabei este fim-de-semana de ver a magnífica série da BBC Planet Earth, narrada, pois claro, pelo incontornável David. Mas Planet Earth não é apenas mais uma séries sobre o mundo natural. Planet Earth é a série, uma verdadeira ode à natureza. Além de imagens inéditas e nunca vistas Planet Earth é também única na forma inovadora como utiliza novas técnicas filmagem e abordagem ao mundo natural.
Planet Earth é ainda um repto para o futuro, um apelo à conservação e preservação, pois nesta série assistimos também à acelerada destruição da natureza, consequência da influência nefasta do homem.

Mas, para ser sincero, não há uma única palavra que eu possa dizer que seja capaz de substituir a experiência que é ver esta série, daí que fique por aqui...

Mais informações em Planet Earth... e já agora o trailer:


P.S.1: A meu ver, se há pessoa que manifestamente merece um Prémio Nobel da Paz em reconhecimento pela sua luta por um mundo melhor, essa pessoa é David Attenborough.
P.S.2: Sr Shines obrigado pela prenda!

sábado, abril 14, 2007

Já cá canta!!!

Pois é meus amigos, aqui está o meu exemplar de The Children of Húrin (falado aqui) de JRR Tolkien, acabadinho de sair do forno. :)))

Este livro, publicado pela HarperCollins Publishers (na sua versão original em inglês), é uma verdadeira pérola. Já dei uma olhadela e posso desde já afiançar que só as ilustrações de Alan Lee valem bem o valor pago!

Cheira-me que hoje alguém vai fazer serão de leitura, eh eh!!

Acácio Jeremias, O Visionário.

Quem é Acácio Jeremias?

...e já agora porque não Diz Que Disse?

ABC do péssimo jornalismo

Nos dias que correm, a imprensa nacional, fazendo jus ao seu rótulo de medíocre, conseguiu fazer de Portugal um país de beatas coscuvilhando a vida alheia. Acontece porém que as beatas são os próprios jornalistas e o povo coitado lá tem que parar para assistir à sua conversa.

Não nego ser possível existirem no passado curricular de José Sócrates algumas confusões e trapalhadas. Mas mais ou menos dúbio, esse é um problema do foro particular do Primeiro-ministro, não uma questão de imperativo nacional. É certo que esta celeuma poderá minar a credibilidade pessoal de Sócrates, mas quem tem um passado isento de falhas? Se Sócrates é Primeiro-ministro é-o pelo seu trabalho político, não pela sua prestação enquanto engenheiro.

Mas este não é um post para defender Sócrates. Este é um post que pretende apontar os podres e a mediocridade d'algum jornalismo português. Com ou sem pressões uma coisa parece-me clara: alguém quer fragilizar a posição de Sócrates e com isso trazer instabilidade ao país. Será porque a instabilidade venderá mais jornais? Ou será que outros haverá que ganharão com essa instabilidade? E diga-se que também não é menos verdade que existem problemas bem mais prementes no país, mas alguém insiste em camuflar a verdade e entreter-nos com corriqueirices.

E os responsáveis por tudo isto? Os media! Fabricadores de notícias e opiniões. Influenciáveis. Corruptíveis. Sensacionalistas. Parciais.

E não haja dúvida que, diga o que disser José Manuel Fernandes, nesta salgalhada toda o Público está a ter um papel preponderante. Basta visitar a página on-line do Público para verificar isso mesmo (na últimas semanas não houve um único dia em que as habilitações de Sócrates não estivessem em destaque).

Agora que penso, talvez alguém esteja interessado em deitar abaixo o Governo... assim sendo é capaz de ser mais fácil alterar já a Constituição e em vez de eleições de 4 em 4 anos passávamos a fazer de 2 em 2. É que parece ser moda em Portugal nos últimos tempos...

Uma coisa é certa, assim não vamos lá!

quinta-feira, abril 12, 2007

C



Adagio For Strings (Opus 11) de Samuel Barber

Um stradivarius solitário no metro

Será que a beleza transcende em momentos e locais inoportunos?
Visando a resposta a esta pergunta, o Washington Post, um dos mais conceituados jornais do mundo (logo a seguir ao 24 horas :p), orquestrou uma pequena experiência em Janeiro último no Metro de Washington que contou com a colaboração do virtuoso violinista Joshua Bell.
A experiência levou um Bell incógnito até à estação "L'Enfant Plaza" onde durante 43min executou algumas das maiores obras primas da música clássica ao som de um Stradivarius (o Gibson ex-Huberman) avaliado em 3,5 milhões de US Dólares. Durante esse tempo, Josh recolheu 32,17$US. 1097 pessoas passaram; apenas 7 pararam mais de 1min para apreciar. 7!!

Ali estava Bell, um artista que enche salas de espectáculo em todo o mundo, a ser pura e simplesmente ignorado. Como pode isto ser possível?
Claro que ninguém é obrigado a conhecer um grande interprete de música clássica, ainda para mais quando ele se faz passar por artista de rua; mas daí a ignorar completamente alguns dos maiores feitos da humanidade interpretados com semelhante virtuosismo e mestria?

E é aqui que surge o velho debate epistemológico sobre "o que é a Beleza?". Será um facto mensurável (Leibnitz), ou uma opinião/gosto (Hume)? Tal como Kant e o jornalista que escreveu o artigo, penso que a Beleza é um pouco de ambos, variável consoante o estado de espírito do observador. Daí que prefira pensar que naquele dia as pessoas estavam demasiado concentradas em chegar a horas ao trabalho.
Prefiro pensar isso à alternativa...
Tal como prefiro valorizar aqueles 7 para quem a beleza transcendeu.

A reportagem foi publicada no dia 8 de Abril com o título "Pearls before breakfast" (Pérolas antes do Pequeno-almoço) e pode ser lida integralmente aqui e o concerto ouvido aqui.

terça-feira, abril 10, 2007

La France d'aujourd'hui... vachement préoccupant!

Voila comme le monde change...

...et la porte du fascisme s’ouvre!
Não admira pois que Le Pen diga que Sarko lhe rouba as ideias e o eleitorado!

Le Pen sobre a igualdade (ironias!)

Le second principe fondamental qui guide notre action est l’égalité, mais celle que l’Etat se doit de faire respecter entre ses nationaux, pas l’égalité avec le monde entier.
Non, nous ne voulons pas de la discrimination raciale de M. Sarkozy appelée pudiquement «positive» et qui consiste à donner plus de droits aux uns qu’aux autres sur le critère de l’origine ethnique.
Nous ne voulons pas non plus de la discrimination religieuse de M. de Villiers.
LA PREFERENCE NATIONALE
Nous considérons que si différence de traitement il doit y avoir, celle-ci doit se faire entre ceux qui sont français et ceux qui ne le sont pas, seule différence de traitement qui soit en même temps légitime, légale et morale.

Je réaffirme aujourd’hui que le Français, même SDF (sans domicile fixe), doit avoir plus de droits que l’étranger aussi brillant et sympathique soit-il car le grand-père du SDF est mort à Verdun pour défendre notre patrie, parce que, outre, être des citoyens, nous sommes des héritiers, héritiers d’un patrimoine immense, matériel, intellectuel, artistique, juridique, social, qui a été constitué, non par nous, mais, par au long des siècles, le travail, les efforts, les souffrances des générations qui nous ont précédés et que nous avons le devoir sacré de transmettre à nos enfants et à ceux qui naîtront d’eux.

Nous devons rendre aux Français leur privilège dans leur propre pays et ceci passe par la préférence nationale à l’emploi, au logement, aux aides sociales et familiales. Qu’une chose soit claire. Les Français sont chez eux en France, ils n’ont pas à s’en excuser.
Il faut, cela n’est que justice, qu’à compétence égale, les emplois notamment soient réservés prioritairement à nos compatriotes.
Il faut que les logements sociaux leur reviennent en priorité alors qu’aujourd’hui les critères purement sociaux donne l’exclusivité d’accès aux arrivants miséreux du monde entier.

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Não sei se é impressão minha mas parece-me que a verdadeira igualdade não existe nem no dicionário de Sarko nem no de Le Pen.


Só mais um pequeno aparte: não foram só os pais dos sem-abrigo (SDF) que perderam a vida em a defender as terras de França (A batalha de Verdun decorreu durante a Primeira Grande Guerra)... outros houve, entre os quais portugueses, ingleses, americanos... pretos, brancos, castanhos...

Mais pérolas disponíveis aqui.

quinta-feira, abril 05, 2007

Pagar para respirar... por Inês Pedrosa

Em Portugal já há quem pague, e muito, para respirar – todos os portugueses que dependem de garrafas de oxigénio para viver pagam o valor máximo do IVA (21%) por esse luxo – a mesmíssima taxa que impende sobre os produtos de perfumaria ou as garrafas de uísque. Muito mais do que se paga por uma garrafa de vinho português (IVA de 12%). Destas coisas não se fala porque, na pós-modernidade sem tabus, o sexo vende-se como festa contínua e a juventude como obrigação eterna, mas a doença é tratada como, mais do que uma vergonha, uma prova de inferioridade. A morte de cancro noticia-se, eufemisticamente, como «doença prolongada» - e com o advento da sida e da Alzheimer a boataria e a má-língua sobre as enfermidades dos famosos tem atingido níveis absolutamente infra-humanos. O tom compungido e íntimo que certos «amigos» põem no relato pormenorizado das supostas misérias físicas dos seus próximos faz perder o ar ao mais contido. Há dias, ouvi a uma dessas almas: «Vais encomendar-lhe o trabalho, a sério? Pois, fulano é excelente, mas tem andado muito debilitado, não sei se dará conta do recado... Dizem que é uma pneumonia, mas, enfim, sabe-se lá se não será outra coisa...» Cada vez mais frequentes são também os comentariozinhos marginais sobre os vícios: «Sim, sim, é óptima - tem é aquela tendenciazinha para os copos, e para os cigarritos... Não dura muito, coitada.» Sobre os que respiram através de garrafas de oxigénio impende, por conseguinte, a suspeita de que não viveram segundo os Mandamentos da Santa Madre Saúde - provavelmente praticaram o pecado do fumo e, se assim foi, agora deixá-los pagar.

Os próprios doentes interiorizam esta fortíssima censura social, e não protestam: o corte dos benefícios fiscais para as pessoas com deficiência passou praticamente em silêncio, neste país onde a legislação europeia sobre barreiras arquitectónicas não é cumprida. Para extorquir mais dinheiro às pessoas com deficiência, o Estado deveria, no mínimo, oferecer-lhes condições de vida dignas - e a base dessa dignidade é o acesso igualitário ao espaço público. Portugal continua a esconder os seus deficientes - sabendo perfeitamente que entre eles estão alguns dos mais valorosos portugueses, medalhados, empreendedores, capazes de ir muito mais longe do que a maioria dos cidadãos ditos «normais», e sabendo também que este tipo de pessoas (orgulhosas, dinâmicas, vitoriosas) nunca se queixam nem aceitam mostrar-se como vítimas, pelo que se torna fácil tirar-lhes regalias ou sobrecarregá-las de dificuldades. Nada disto é novo - Portugal sempre enxotou os seus melhores, para as naus, para a cadeia ou para o exílio. Já o padre António Vieira, há quase quatro séculos, alertava para esta cegueira nacional - mas no país democrático e europeu em que é suposto vivermos ela torna-se afrontosa, e tão desesperada que chega a sacudir das cinzas o fantasma do tal ditador que nos convenceu a mantermo-nos pobrezinhos, lamurientos e resignados.

No combate ao défice, vale tudo - inclusive fazer com que as vítimas de agressão paguem a assistência médica, caso o agressor não se prontifique a fazê-lo. Se um cidadão recorrer às urgências hospitalares por maleita própria, paga apenas a taxa moderadora. Se for parar às mesmas urgências em consequência de uma sova dada por outrem, ou convence o seu agressor a pagar a despesa, ou paga ele mesmo o valor da consulta (que ultrapassa os cem euros). Ora, os agressores têm uma estranha tendência para desaparecerem depois da obra feita; não ficam para recolher os louros nem para pagar a continha do hospital. É a humildade lusitana. Com a altíssima conta-corrente de violência doméstica em vigor, das duas uma: ou as cidadãs pagam os tratamentos ( porque continuam a ser elas a liderar o top da violência doméstica, logo seguidas pelas crianças), ou desistem de se tratar. De uma forma ou de outra, o Estado arrecada - se não de imediato, pelo menos a médio prazo, com a morte das vítimas, que, sucessivamente espancadas e caladas, por certo não durarão até à pensão de reforma. Se isto não é um incentivo claro à ocultação da violência doméstica, não sei o que é. No Estado, em vez de estímulo e exemplo, encontra-se desprezo, deselegância e exploração dos mais fracos. Na semana em que se comemoraram os 50 anos da Europa Unida, o Presidente da República Portuguesa excluiu das celebrações o seu antecessor Mário Soares - apenas o homem que conduziu a integração europeia de Portugal, em tempos mais do que conturbados. Nesta mesma semana, visitei uma querida amiga de 80 e muitos anos na Casa do Artista, um sonho solidário tornado realidade pela entrega de Armando Cortez e Raul Solnado - o grande Solnado que, com outros artistas (como Manuela Maria e Carmen Dolores), todos os dias inventa formas de melhorar a qualidade de vida dos habitantes da excelentíssima Casa, com escassos financiamentos. Enquanto o Governo nos encandeia com Allgarves de futuro fausto e vai aumentando as contas de doentes e violentados, é na sociedade civil que encontramos alento para continuar a respirar em Portugal.

in Expresso

cartaz PNR... versão gato fedorento

(clique na imagem para aumentar)
Parece que o cartaz do Partido Nacional Renovador (já referido aqui), colocado no Marquês de Pombal, e entretanto vandalizado, já não está sozinho.
Desde ontem, José Pinto Coelho, fundador e presidente do partido nacionalista, tem como companhia Ricardo de Araújo Pereira, Tiago Dores, Miguel Góis e José Diogo Quintela, que à semelhança de outros partidos políticos decidiram instalar um outdoor mesmo ao lado do cartaz do PNR, assumindo a sua oposição contra a mensagem xenófoba veiculada pelo PNR.

segunda-feira, abril 02, 2007

O Paladino Anti-OTA

Ele pode ser arrogante, obstinado e exageradamente tripeiro, mas não haja qualquer dúvida que Miguel Sousa Tavares faccionista ou não é um grande comentador. Se não vejamos por exemplo o seu último artigo de opinião no Expresso: O contrato social.

Só lamento que, num país populista onde a corrupção e o "amiguismo" imperam, o seu grito de revolta anti-OTA acabe por não fazer diferença alguma.